Produzir mais soja a fim de garantir a segurança alimentar mundial sem comprometer, no entanto, o futuro da floresta Amazônica. Esse princípio norteia boa parte dos pesquisadores das ciências agrárias e áreas correlatas e se apresenta como base do estudo Protecting the Amazon forest and reducing global warming via agricultural intensification, publicado na revista Nature essa semana.
O ponto principal apontado neste estudo indica que a intensificação do cultivo de soja poderia ajudar o Brasil a melhorar sua produtividade sem ter que reverter mais área da floresta amazônica em terras agrícolas ou de pastagens.
“A análise mostra que a continuação das tendências atuais no rendimento de soja levaria à conversão de mais 5,7 Mha de florestas e cerrado durante os próximos 15 anos, com um incremento de 1,955 Mt de CO2 lançados na atmosfera”.
Para intensificar a produção nos hectares existentes, os pesquisadores indicam que o país poderia aumentar a sua produção anual de soja em 36% até 2035, reduzindo simultaneamente as emissões de gases do efeito estufa em 58% em comparação com os índices de hoje.