Com a morte de duas pessoas, diagnosticadas com a doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), na Bahia, causada pela infecção Encefalopatia Espongiforme Transmissível Humana, e outras três infectadas, a Sesab (Secretaria da Saúde da Bahia) e o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se manifestaram nesse mês de outubro.
A doença de Creutzfeldt-Jakob é degenerativa e não tem uma causa definida, mas uma de suas variantes é conhecida como “mal da vaca louca”. A DCJ é um tipo de ETT (encefalopatia espongiforme transmissível) que acomete os humanos. A doença da “vaca louca”, por sua vez, é uma outra doença neurodegenerativa rara e que está ligada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com EEB (encefalite espongiforme bovina). Em ambos os casos, a doença é causada por um príon, uma molécula de proteína que tem entre as suas principais característica a ausência de código genético.
O Brasil, que monitora a doença, nunca identificou um caso típico, causada pela contaminação de carne ingerida por uma pessoa.
Produzir mais soja a fim de garantir a segurança alimentar mundial sem comprometer, no entanto, o futuro da floresta Amazônica. Esse princípio norteia boa parte dos pesquisadores das ciências agrárias e áreas correlatas e se apresenta como base do estudo Protecting the Amazon forest and reducing global warming via agricultural intensification, publicado na revista Nature essa semana.
O ponto principal apontado neste estudo indica que a intensificação do cultivo de soja poderia ajudar o Brasil a melhorar sua produtividade sem ter que reverter mais área da floresta amazônica em terras agrícolas ou de pastagens.
“A análise mostra que a continuação das tendências atuais no rendimento de soja levaria à conversão de mais 5,7 Mha de florestas e cerrado durante os próximos 15 anos, com um incremento de 1,955 Mt de CO2 lançados na atmosfera”.
Para intensificar a produção nos hectares existentes, os pesquisadores indicam que o país poderia aumentar a sua produção anual de soja em 36% até 2035, reduzindo simultaneamente as emissões de gases do efeito estufa em 58% em comparação com os índices de hoje.
Conduzido em três fazendas de pecuária de corte, nas cidades mato-grossenses de Rondonópolis, Cáceres e Santiago do Norte (distrito de Paranatinga), o Projeto Pasto Forte completou um ano com grandes resultados. Realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), em parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e patrocínio do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), o projeto foi criado com o objetivo de avaliar a produtividade vegetal e animal e a fixação/estoque de carbono no solo a partir de investimentos em adubação das pastagens.
Iniciado em setembro de 2021, as cidades escolhidas se localizam em três biomas diferentes, o Cerrado, o Pantanal e o Amazônico. Além disso, para os estudos, foram definidos vários ambientes pastoris para englobar todas as situações de pastagens do Estado. Nesse sentido, os pecuaristas participantes apontaram em suas propriedades a pior, média e melhor área e, em cada uma, foram distinguidos os investimentos em adubação em baixo, médio, alto e zero investimento. A partir daí, foram feitas as recomendações de adubação para cada ambiente, em conjunto com o produtor e com a análise de solo.
Thiago Trento, doutor em zootecnia e pesquisador de Pecuária de Corte da Fundação MT, explica que o Pasto Forte soma 972,7 hectares de pastagens acompanhadas, sendo 543,0 hectares (ha) em Santiago do Norte, 320,4/ha em Rondonópolis e 109,3/ha em Cáceres. “Nas cidades e respectivas fazendas são manejados 4.208 animais nas categorias de cria, recria e engorda”, completa o responsável.